"Ele embarcou no trem, já era a terceira vez
que tentava partir, suas mãos estavam geladas
como de costume ficavam durante o inverno,
mas era verão.
Desta vez não havia ninguém pedindo que ele ficasse
não havia mais desculpas para desistir
ah e como ele gostava das desculpas
mornas, aconchegantes
presentes e convincentes.
Sua mente sempre efervescente
estava borbulhante como nunca
todos os "Se" estavam ali juntos
e todos queriam suas respostas
não paravam de gritar
afinal tinham direitos
pois já eram parte dele...
Seus olhos na janela buscavam cada detalhe
o banco riscado, o vendedor de algodão doce
e tentava recriar a imagem dela
sentada ali como se fosse ontem
como se fosse agora,
O trem partiu e ele sabia que seria para sempre
quando viu todos os "Se" saltando pelo caminho
um a um em agonia
perderam sua casa
e foi assim seu último dia.."
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