Cada dia mais percebo o grande baile que é a vida.
Cada um procurando seu ritmo,
cada um procurando seu par,
uns fechando os olhos e curtindo
outros de olhos abertos sorrindo.
Há os que se entorpecem e divagam com a música
e os que absorvem todas as letras,
mas quase todos sem exceção se escondendo,
atrás de máscaras coloridas
e então se descobrem que os sorrisos
eram apenas desenhos
e a maioria se despede do baile
sem nunca ter visto ninguém
e sem nunca por alguém ter sido visto.
e os que absorvem todas as letras,
mas quase todos sem exceção se escondendo,
atrás de máscaras coloridas
e então se descobrem que os sorrisos
eram apenas desenhos
e a maioria se despede do baile
sem nunca ter visto ninguém
e sem nunca por alguém ter sido visto.
Um comentário:
O baile da vida muitas vezes parece pra mim aquela coreografia famosa do Thriller, com um monte de zumbi, defunto e morto-vivo dançando. É um monte de robô seguindo os passos de outros (que por sua vez também está seguindo nem sabe quem), gente esfarrapada, sem vida real. Mas estão ali, seguindo, fingindo, dançando sem alegria no rosto (e no coração).
A chance é chutar o balde e sair dessa repetição coreográfica maldita. Mas, na prática, como fazer isso? Se fizer algo do tipo, você será um "renagado", visto com maus olhos pelos zumbis. E se seguir a corrente, vai ser só mais um espantalho triste e preso.
É, dura é a vida de sair do palco, deixar o teatro de lado e virar um estranho no ninho. O que é melhor, pergunto (e me pergunto): o que é melhor?
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