"Não entendia nada sobre nada
mas quase tudo sabia,
era o primeiro a falar
e último a ouvir.
Profusão de frases,
idéias sem pé-nem-cabeça,
mas por falta de coisa melhor
ficou famoso por onde passou.
Era o rei do non sense
e assim se vestia,
palhaço para todos
senhor das alegrias,
mas tudo o que ele queria
era ser mesmo ninguém.
Falava por desespero
por não encontrar seu caminho,
distraía a todos com tantas letras
pois só assim fugiria
das perguntas que fazem sentido
do que é importante na vida.
Criava pra si o sentido
e o mundo onde vivia."
2 comentários:
Seu nome era Johnny,
Johnny Wind,
Gostava de ventar e saber que era livre por não ter direção.
Mas um dia viu que queria saber para onde ir, que preferia deixar de voar e criar raízes.
E chorou. Chorou por ver que o vento não sabe por onde anda nem sabe o que quer. Mas Johnny, Johnny, você vê que hoje você consegue ver isso? Que você não quer o vento, mas raízes e paz? Decidir deixar o vento ir sozinho e regar seus próprios pés para ali fazer sua morada e tirar as máscaras do risonho do passado, é o que você está fazendo. Apesar do choro, Johnny está deixando para trás não só o vento, mas aquela pele que um dia o apertou e o incomodou. O choro mostra a dor, mas deve mostrar a Johnny que ele subiu mais um degrau. Talvez o maior de todos, o mais difícil. Johnny não está só. Tem amigos que o ajudam e recebem ajuda para também subir mais um degrau dessa escalada. Há esperança. E ela está do seu lado, bem ao seu lado.
Sempre demais teus comentários Ed..fantastic
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