Em busca

22 fevereiro 2016

"Decífra-me ou me devoro...

"Como se o ar não preenchesse totalmente
  cada um dos alvéolos do seu pulmão
  por mais que ele inspirasse com toda sua força,
 como se cada suspiro expulsasse de dentro
 espinhos que se prenderam e se multiplicaram
 dia após dia ao longo do tempo.

  Cada manhã uma reprise, nada novo
  não havia vivido tanto assim, mas sentia como se
  nada faltasse para cumprir sua jornada
  um peão sem o barbante
  uma xícara rachada
  poste sem fio algum.

   O silêncio parecia ser o melhor
   mas falava, falava e falava
   sobre nada importante
   sobre assuntos divergentes,polêmicas com as quais
   na verdade não se importava
   como se as palavras pudessem preencher a falta de algo real
   algo que importasse realmente.

   Queria que alguém de alguma forma enxergasse
   além daquela casca...mas quem se esforça para ver
   pra lá do que é exterior? Quem tem coragem de se aproximar
   tanto assim? Se ilude quem acha que por ter alguém por perto
   será decifrado assim.

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