Em busca

05 agosto 2014

"Alma..."

"Desci todos os degraus possíveis
e lá no fundo encontrei
partes minhas que eu não sabia
ou nunca quis saber existir.
Lá embaixo era frio e escuro
estive sozinho como nunca imaginei
encontrei vários pedaços
de coisas que havia esquecido.
Dores, amores, sabores,
lembranças escuras que sofri.
Quis apenas ir embora,
tranquei a porta a sete chaves
 virei as costas e subi"

Um comentário:

Edna Hornes disse...

Não sei se existe algo mais dolorido do que olhar para o fundo de si, onde estão aquelas coisas guardadas (não resolvidas)que esquecemos que existem. E que, mesmo que não as olhemos, influenciam nossa vida.

Talvez esse seja o primeiro grande passo para começarmos uma limpeza.

O poema fala em olharmos esse profundo e sairmos de novo. Bem, esse é o primeiro momento. Não dá pra começar nada sem fazer isso: assumir que a casa tem fantasmas.

Mas, e depois? Bem, sem assumirmos grandes compromissos de deixarmos tudo perfeito ou de levarmos uma responsabilidade muito pesada... precisamos: escolher um baú entre tantos que se acumulam e precisamos resolver e reorganizar o que o envolve.

Sinto, por experiência, que as cargas da vida se tornam um pouco mais leves.

É isso... amar a vida a ponto de tirar o pó e deixá-la mais "apresentável" (pra gente mesmo, claro).

Beijos!