Em busca

06 março 2013

"Triste canção...

"Vai, pode ir
  não vou te segurar
  se abrir esta porta
  não precisa voltar
  Sei que já falei tantas vezes
  que você nem mesmo leva a sério
  Mas agora é real..
  Deixe pelo menos um pouco de mim
  para que eu possa me encontrar
  quando for andar
  nas ruas que juntos vimos nascer.
  Vou caminhar sozinho agora
  sobre as pedrasque você me atirou.
  Vai pode ir eu já entendi
  o amor não dura para sempre,
  mesmo assim eu demorei para aceitar
  Que para mim, não seria assim
  acreditei no irreal
  Vi várias portas entreabertas
   mas nunca pensei
  que por ali
  iria embora
  quem tanto amei...
  Se um dia pensa em voltar
  que seja logo
  ou nunca mais, ou nunca mais...
 

3 comentários:

Edna Hornes disse...

Nossa, muito forte e dolorido. Muito. Mas senti aqui que junto com a dor há também um certo alívio e alegria em finalmente poder perceber que sente essa dor de perda/dor do fim, que pode até dizê-lo. Essa sensação, apesar de sempre conviver com uma grande dor, é muito preciosa.

Gostei muito de "vou caminhar sozinho agora sobre as pedras que você atirou". Essa imagem parece resumir o que faz com que o poema exista.

No final, ainda com essa dor de "moer o coração", há um lampejo de esperança ("se um dia pensa em voltar, que seja logo"). Mas essa esperança tem fim com tempo marcado, em um recado antecipado. Há esperança, mas é pouca. E como areia de ampulheta, está no fim. Bem no fim. Bem no fim.

Übermensch disse...

Como sempre os teus comentários deixam o escrito bem melhor do que era antes deles..

Edna Hornes disse...

Imagine, né... eu só jogo holofote e evidencio o que já está lá.

;)