"Não quero frases póstumas
escritas com amor ou indiferença
nem mesmo quero as flores
de aromas doces sobre minha lápide,
Quero que tudo seja feito agora
quero que seja já.
Não quero no fim da vida
escrever um poema sobre o que não foi feito
com dores dentro peito
chorar ao olhar pra trás.
Quero que sejas louca,
que coloque a sua boca na outra
que chama veementemente o teu nome
enquanto olho teus olhos profundamente.
Não eu não quero o teu choro,
ele não me fortalece,
não me faz sentir mais homem
quero que grites meu nome
enquanto sentes teu corpo bem perto do meu.
Quero que qualquer um que olhe
não saiba dizer ao certo
mesmo que olhe de perto
onde começo eu
e onde termina você.
Não eu não quero esta sorte
de que lembres sempre de mim
apenas depois que eu for embora,
quero de ti tudo
quero já, quero agora."
6 comentários:
Nossa, Jean! Esse poema é de tirar o fôlego! É PERFEITO! Uau, dá até pra fazer letra de música! Que tal?
Fiquei inspirado quando voltava de Garibaldi, vinha ouvindo Uma declamação da Ana Carolina e pensei...puxa eu queria fazer alguma coisa assim... apaixonada e tinha acabado de ver minha inspiração.. então indiretamente tem relação com música..quem sabe...
É tão bom quando temos uma inspiração, quando conseguimos expor o que sentimos. Encontrar palavras é conseguir montar o quebra-cabeça da nossa alma, pros outros olharem emoldurada. São tantas peças...
Sempre que volto aqui e releio este texto, sinto a força indômita do teu poema. Engraçado, cada leitura feita não diminui essa força, como se a fonte do texto fosse inesgotável, autorrepositora.
Por isso gosto sempre de voltar.
Beijos.
Volte sempre que esta força só não esgota porque existem pessoas como você...
Que querido, obrigada. Também volto porque teus textos são bons.
Abraçones!
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