Em busca

16 janeiro 2011

"Agora...

"Não quero frases póstumas
 escritas com amor ou indiferença
 nem mesmo quero as flores
 de aromas doces sobre minha lápide,
 Quero que tudo seja feito agora
  quero que seja já.
 Não quero no fim da vida
 escrever um poema sobre o que não foi feito
 com dores dentro peito
 chorar ao olhar pra trás.
 Quero que sejas louca,
  que coloque a sua boca na outra
 que  chama veementemente o teu nome
 enquanto olho teus olhos profundamente.
 Não eu não quero o teu choro,
 ele não me fortalece,
 não me faz sentir mais homem
 quero que grites meu nome
 enquanto sentes teu corpo bem perto do meu.
 Quero que qualquer um que olhe
 não saiba dizer ao certo
 mesmo que olhe de perto
 onde começo eu
 e onde termina você.
 Não eu não quero esta sorte
 de que lembres sempre de mim
 apenas depois que eu for embora,
 quero de ti tudo
 quero já, quero agora."

6 comentários:

Edna Hornes disse...

Nossa, Jean! Esse poema é de tirar o fôlego! É PERFEITO! Uau, dá até pra fazer letra de música! Que tal?

jean disse...

Fiquei inspirado quando voltava de Garibaldi, vinha ouvindo Uma declamação da Ana Carolina e pensei...puxa eu queria fazer alguma coisa assim... apaixonada e tinha acabado de ver minha inspiração.. então indiretamente tem relação com música..quem sabe...

Edna Hornes disse...

É tão bom quando temos uma inspiração, quando conseguimos expor o que sentimos. Encontrar palavras é conseguir montar o quebra-cabeça da nossa alma, pros outros olharem emoldurada. São tantas peças...

Edna Hornes disse...

Sempre que volto aqui e releio este texto, sinto a força indômita do teu poema. Engraçado, cada leitura feita não diminui essa força, como se a fonte do texto fosse inesgotável, autorrepositora.

Por isso gosto sempre de voltar.

Beijos.

Übermensch disse...

Volte sempre que esta força só não esgota porque existem pessoas como você...

Edna Hornes disse...

Que querido, obrigada. Também volto porque teus textos são bons.

Abraçones!