Em busca

13 abril 2007

"Os Muros e O Rio..."

"Para onde quer que eu virasse
somente muros eu via,
enormes paredes de bronze,
com alguns tijolos de ouro.
Tudo era quente, um calor sufocante
não podia tocar em nada,
apenas a espera
de que água fresca viesse de algum lugar
ou quem sabe um vento impetuoso.
Mas nada acontecia.
O chão derretendo sob meus pés
como pasta de prata
e nenhum lugar para que se pudesse agarrar
Acima de mim, apenas o céu de cobre
dourado reluzente da tarde
cada vez mais escaldante.
Quando achei que morreria
meu corpo virou interno
e milhões de olhos se abriram
e vi centenas de portas abertas, por onde entravam
o vento a água e a escolha.
Toda parede virou esmeralda,
o céu diamante e o chão meu tesouro,
mãos me alcançavam
e me levavam para fora daquele lugar, diretamente para O Rio
onde os milhões de olhos eram lavados
e meu interior encontrava descanso."


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